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terça-feira, 13 de abril de 2010

Valsando no velho e sentindo o novo.

Já era tarde para que ela quisesse ir embora. Já não chegaria a tempo de realmente descansar. Não iria esquecer. O dia fora agitado. Os dois tiveram muito o que fazer, cada um no seu ritmo, cada um em suas prioridades. Estava tarde e ambos cansados. Ficou então acertado que ela dormiria ali.

Nunca dormiam juntos. E dormiam juntos todas as noites. Era o acordo deles. Estava certo assim. Aceitavam um ao outro como algo novo toda noite. O novo cheiro, o novo companheiro. Uma nova textura de pele, uma respiração calma, ou mais agitada. Tudo era novo, toda noite.

Ela tomou seu banho e aprontou-se para dormir. Escolheu o canto da cama. Nunca dormira ali, e dormia ali toda noite. Ele lia algo interessante.

Terminou o que fazia e por sua vez tomou banho. Quando deitou ela já dormia. Suavemente se colocou ao lado dela, envolvendo-a em seus braços. Braços quentes, novos e velhos. Novidade sentida, calor conhecido. Passaram a primeira noite assim. Mais uma noite de tantas já passadas juntos. Mas como sempre, era a primeira. Ela ouvindo as batidas do coração dele e ele a respirar na grande confusão que era o cabelo dela pelo travesseiro.

Um comentário:

  1. como se não desse um "close" sabe? só ficasse num plano médio,
    mas suficientemente expressivo, sem "melar"


    Parabéns

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