Já era tarde para que ela quisesse ir embora. Já não chegaria a tempo de realmente descansar. Não iria esquecer. O dia fora agitado. Os dois tiveram muito o que fazer, cada um no seu ritmo, cada um em suas prioridades. Estava tarde e ambos cansados. Ficou então acertado que ela dormiria ali.
Nunca dormiam juntos. E dormiam juntos todas as noites. Era o acordo deles. Estava certo assim. Aceitavam um ao outro como algo novo toda noite. O novo cheiro, o novo companheiro. Uma nova textura de pele, uma respiração calma, ou mais agitada. Tudo era novo, toda noite.
Ela tomou seu banho e aprontou-se para dormir. Escolheu o canto da cama. Nunca dormira ali, e dormia ali toda noite. Ele lia algo interessante.
Terminou o que fazia e por sua vez tomou banho. Quando deitou ela já dormia. Suavemente se colocou ao lado dela, envolvendo-a em seus braços. Braços quentes, novos e velhos. Novidade sentida, calor conhecido. Passaram a primeira noite assim. Mais uma noite de tantas já passadas juntos. Mas como sempre, era a primeira. Ela ouvindo as batidas do coração dele e ele a respirar na grande confusão que era o cabelo dela pelo travesseiro.
como se não desse um "close" sabe? só ficasse num plano médio,
ResponderExcluirmas suficientemente expressivo, sem "melar"
Parabéns