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sábado, 1 de maio de 2010

Seguindo os segundos.

Sentou-se confortavelmente na sala de espera. Chegou um pouco antes da hora marcada, mas preferia assim. Detestava atrasos.

Pegou uma revista qualquer e começou a folheá-la sem grande interesse. Não estava com muita disposição para leituras pseudo-culturais. Estava abstratamente em outro lugar. Estava onde em breve teria que se transportar de novo, para que pudesse se fazer entendível. Pros outros e pra si.

Sua cabeça rodava tanto e tão frequentemente que às vezes perdia o equilibrio.
Tinha medo de cair.
Seus joelhos estavam roxos de suas quedas e batidas, embora não lembrasse quando os machucou.

O relógio continuava a avancar, com seu ponteiro de segundos contínuo. Adorova relógios assim. Não fazem barulho, e dão a sensação de continuidade, de uniformidade.

Seu nome foi chamado, finalmente.

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