Odeio quando me perco a tal ponto que nem nas palavras eu me encontro.
Odeio não saber como agir, como sorrir e fingir estar tudo bem.
Quando não consigo fingir, me torno mais distante de tudo, porque me culpo. Não quero em momento algum preocupar, fazer sofrer. Mas meus silêncios inconstantes e minhas muitas mudanças de humor e fisionomia sempre preocupam.
Meus sorrisos são instáveis. Quando estão aqui são verdadeiros. Quando somem, custo a achá-los de novo.
Penso demais. Penso em muita coisa e durante muito tempo. Isso nos faz parecidíssimos. E com isso pensamos demais sobre tudo que acontece. Conosco e ao redor.
Penso demais em quantas vezes eu erro por, num momento apenas, não ter pensado. Não ter medido atos e palavras. Não ter sorrido sinceramente a ti quando não tinha nada errado, só estava longe.
Não gosto de me sentir longe, distante dos outros.
Já me sinto sozinha o suficiente estando perto das pessoas, quem dirá estando longe.
Promete não me deixar sozinha?
Fica aqui essa noite...
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