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domingo, 4 de agosto de 2013

Minha esperança no Papa Francisco.

Os amigos evangélicos mais conservadores que me desculpem, mas hoje vejo uma luz no fim do túnel para a Igreja de Cristo, e esta luz se acendeu graças ao Papa Francisco.

Eu nunca fui membro da Igreja Católica, nunca gostei de seus santos intermediários entre homem e Deus, de toda a idolatria em torno da figura do Papa e dos gastos desnecessários enquanto milhões passam fome no mundo, e quando passei a frequentar a igreja protestante em 2003, acreditei ter encontrado um lugar onde estas coisas não existiam. 

Mas será que não existem mesmo?

Hoje, muito mais madura em relação à minha fé e com uma visão mais ampla do "mundo evangélico", vejo que este tem cada dia mais se transformado na adaptação gospel dos vícios católicos. Enquanto almas clamam por Deus, vemos "ministérios" de Deus cobrando valores absurdos por uma pregação na sua igreja, pelo ingresso do evento - nunca show -  de seus músicos ungidos e espirituais. Vemos pastores milionários, com seus aviões particulares, mansões e programas de televisão. Vemos toda a podridão de um mundo "livre da idolatria dos santos católicos", mas que chora, grita, desmaia e tem crises histéricas quando seu ídolo gospel passa por perto. Que repete tudo aquilo que o ídolo diz em suas músicas heréticas, nas suas entrevistas forçadas e em seus vídeos no youtube onde cada dia vemos mais "gente de Deus" falando merda, e levando milhares a seguir as mesmas loucuras (no pior sentindo da palavra).

E onde fica o Papa nisto tudo? Ele vem na contracorrente, na contramão da corrupção da igreja - católica ou protestante -, vem com os olhos voltados para aqueles que sofrem, que choram, que não tem quem fale por eles. O Papa vem pelos imigrantes ilegais que entram na Europa fugindo da guerra, da fome e das doenças da África. Vem pelo menino do morro que não sabe se voltará para casa a cada vez que sai, nem quem de sua família reencontrará ao voltar. O Papa vem sem pedras nas mãos, sem acusar os gays de serem menos que humanos. O Papa que afirmou ter sim pecados, como todo e qualquer ser humano e que não se veste coberto de ouro nem senta num trono completamente adornado de ouro e pedras preciosas. 

SIM, o Papa! O líder máximo da Igreja Católica, aquela mesma acusada de sempre ostentar sua riqueza e arrogância. Aquele que deveria ser o Santo Padre, o sem pecados. Ele, que tem milhões de seguidores, hoje nos ensina humildade e respeito. Nos ensina o verdadeiro evangelho de Cristo: aquele que olha por quem precisa. O Papa tem proposto que a igreja saia de seu mundinho fechado, tal como um clube onde os membros pagam a mensalidade para poderem usufruir de seus benefícios, e atenda aqueles que precisam de Cristo, ou seja, aqueles que ainda não o conhecem.

A Igreja Católica vislumbra uma reforma em sua estrutura com o Papa Francisco à frente da mesma, pois quer recuperar os fieis que perdeu para a Igreja Protestante nas últimas décadas. Para isso, eu vejo que a Igreja Católica investirá em algo simples, puro e eficaz: Cristo.

Que a Igreja Evangélica - qualquer que seja sua denominação - hoje acorde para as reais necessidades do mundo, a exemplo da Igreja Católica, e para quais deveriam ser suas verdadeiras prioridades.

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